sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Ruptura


Era um dia de semana. Estava na casa da tia Rosa, naquele casão cheio de mármore, chique.
Estava em excelente compania, amava estar brincando com a Aninha, minha mada priminha. Mas, estava o Jé, O Gil e o Mauricio.
Tínhamos comido pipoca doce, se não me engano, verde, tomado leitinho, hum!!!
Naquele momento, tive um super idéia, e nos meados dos meus 5 anos, falei:
Puxa, tive uma idéia, podíamos brincar de cabelereiro (minha tia era costureira, e nesse momento tinha avistado uma tesoura).
O Gil, mais que rápido respondeu:
Vamos!!!! Mas, eu corto seu cabelo primeiro, depois eu deixo você cortar o meu!
Eu na minha inocência pensei, ok, mas, depois eu corto o seu.
Gil, com a tesoura veio e tirou um tufo de bem de cima da minha cabeça, e saiu correndo dando gargalhadas, contar para minha mãe o seu feito.
A Ana, o Jé e o Mauricio, ficaram também na gargalhada, e eu ali, naquele momento entendi, houve uma ruptura na minha inocência, entendi que as crianças podem ser bem malvadas e que eu não deveria confiar mais assim, tão cegamente.

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