sábado, 12 de julho de 2014

A Arca maior do que eu

Um dia entrei por uma porta. A porta de uma casa meticulosamente organizada e limpa.
No canto da sala, vi aquele móvel, alto, era maior do que eu, mas, que me era permitido ver vários ítens decorativos, todos limpos e arrumados, acho que devia ter uma ordem específica.
Eles se alinhavam de forma tão fabulosa, que eu me imaginava como Alice no País das Maravilhas, entrando árvore abaixo, descobrindo um novo mundo, e naquela arca, eu brincava com todos aqueles bibelôs e corria, atrás do chapeleiro maluco
Aquela arca, pra mim, era um símbolo, a memória mais importante da dona daquela  casa, que era uma mulher fantástica, prendada, rápida, amorosa, dedicada, ela ajudou muito a minha mãe quando ainda mocinha, dando muitos conselhos, como a mulher virtuosa da Bíblia.
Hoje não é mais costume se ter uma arca em casa, ainda mais tão elaboradamente adornada, da mesma forma, as mulheres...
Homenagem à prima Cleusa, se Assis...
saudades!


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